A produção musical, com uso de tecnologias, atualmente é realizada de diversas formas, a depender do gênero musical. Seja o som mais orgânico, captado a partir das fontes sonoras analógicas, como gravação de voz, instrumentos de corda, percussivos etc., seja por meio da adoção de tecnologia MIDI, presente na aplicação de instrumentos virtuais (VST’s), produzir música não é, há um bom tempo, uma atividade exclusiva da indústria do entretenimento e de seus grandes estúdios.
Em profusão está também a criação musical a partir do uso da Inteligência Artificial (IA). Quanto a esse tipo de tecnologia aplicada à música, percebemos um caminho sem volta. O músico tradicional precisa se reinventar: ou a sua criação musical incorpora, em certa medida, a IA, ou a sua participação poderá deixar de ser indispensável.
Em termos de mercado da música, assim como nas mais diversas áreas profissionais, especula-se a extinção da atuação humana na parte criativa, o que é um exagero, sem dúvidas. Em verdade, a utilização da música para atender finalidades específicas, como por exemplo – a incorporação de uma música em algum vídeo para redes sociais, tem dispensado o trabalho humano. A partir do uso de um app, uma canção pode ser inventada em alguns segundos, mas isso apenas está moldando um novo cenário.
As facilidades e instantaneidades da IA nos fazem pensar na dispensabilidade dos músicos reais, mas isso não deverá se dar de forma tão radical. Uma IA dificilmente superará uma performance humana, e ao vivo, de um Neil Young. Sempre haverá público apreciador da sonoridade orgânica e ancestral.
Certo é que o mundo atual está mais diversificado do ponto de vista das possibilidades criativas. Novas estéticas surgem a cada dia, possibilitando à composição tradicional a incorporação de novos elementos. A simulação sonora acaba por ser um recurso cada vez mais indispensável, assim como a utilização de Impulse Response (IR), que vem dispensando o uso de amplificador no palco ou estúdio. Já há algumas décadas, experimentamos simulacros que tornam cada vez mais prático o trabalho do músico.
Portanto, não devemos temer as transformações que já são percebidas. Devemos, isso sim, nos adaptar, com naturalidade, buscando conhecimentos para fazer a música dos novos tempos.
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Até à próxima!
Palavras-chave: Música com IA; Criação Musical; Sonoridade.
cd
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